Rio de Janeiro. 1961. Num paraíso adolescente onde o ócio consentido marcava toda uma geração, Ricardo Dias da Cruz Ferreira, craque nos prazeres da praia, surfe e caça submarina, era exceção. Aos 16 anos, porque a mesada andava curta, encarou sua primeira aventura adulta: criar cintos artesanais para vender nas lojas mais exclusivas de Ipanema. deu certo, dois anos depois, conseguiu seu primeiro grande sucesso no mundo da moda: t-shirts com as frases pop pirateadas dos buttons tão comuns nos loucos anos 60, estampadas em silkscreen. No início dos anos 70, em Londres, numa loja que vendia roupas americanas usadas, encontrou o estilo que sempre sonhou usar. com aquela roupa no corpo e uma ideia na cabeça Ricardo abriu sua primeira loja no Leblon, a Mr. Krshna, minúscula mas repleta de camisas que iam no modelo Western às tropicais tinturadas. Em 1974 abriu sua primeira Richards e diversificou geral: além dos jeans desbotados revolucionou o mercado com o estilo desestruturado. Sem nunca ter usado terno na vida, preferindo uma roupa mais livre, casual, fácil de usar, sempre elegante. Ricardo fez seu próprio estilo de vida sua marca. Hoje, 37 anos depois, ele tem 45 lojas nos melhores endereços do Brasil.
Coleção Outono Inverno 2011
Richards. A preocupação não é ser moda. A marca está solidamente estabelecida como estilo. Já existe hoje esse estilo Richards, com tudo o que a palavra simboliza. Richards é não estar sujeito a tendências, a um estar up to date. Richards significa saber, estar à vontade, confortável, cômodo, bem vestido. Não estar under, nem over. É um estilo de vida que corresponde ao modo de agir e pensar,a uma filosofia do estar, que define uma visão de mundo e de comportamento.
Richards sintetiza, de modo claro, uma postura, maneira de ser, do mesmo modo que um olhar, às vezes, é esclarecedor. Para que definir Richards, se o melhor é ver, e então conhecer, ter consciência do que significa ter estilo?
Constanza Pascolato
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